Meu amor,
Meu céu estrelado de Julho. Minha
manhã líquida, e outras texturas, de Março. Certeza serena nesse mar imenso de
dúvidas. Dúvida permanente na batalha das certezas rotineiras. Meu filme de
Inverno, entre mantas e bebidas quentes. Minha dança alegre em noites
entornadas até o sol nascer no horizonte dos nossos olhos. Minha praia: onde as
ondas do meu mar teimam em voltar. Meu regresso. Minha viagem. Senhora com quem
partilho as minhas palavras, os meus amuos, as minhas tristezas, as minhas
questões mais banais. Meu mapa. Meu ponto cardeal. Minha bússola. Minha estrela
polar. Meu norte. Meu ponto de encontro. Minha perdição. Sei lá, meu amor, se
não serás tudo mais. Meus dias. Minhas noites. Anos, semanas, horas, minutos,
segundos. Não sei, meu amor, mas tenho a certeza: se em tudo o resto te
escondes, o que sobra do mundo para não amar? Meu ciclo vicioso. Início, meio e
fim. Meu ponto final, meu amor. Meu ponto final.
Teu,
Pedro
Adoro!
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