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terça-feira, 25 de outubro de 2016

Outono (2)


 

A chuva é uma metáfora
tirada da gaveta onde
eu guardava as tuas memórias
Lá fora há barulhos de vento
e folhas molhadas - há
beleza no caos noturno
do outono.


Cá dentro o teu nome despenha-se
líquido no tecido; a saudade 
sopra uma certeza gelada
Nada parece fazer sentido
e, no entanto, sem ti
tudo procura um novo sentido

 
 
Voltei a fechar a gaveta e
o teu nome voltou a adormecer
nos meus lábios.
Há um silêncio vadio
pela rua: nem chuva, nem vento
nem folhas, talvez a saudade
Estamos ambos cansados
de viver na tempestade.

 

PedRodrigues

 

2 comentários:

  1. "Ela, a recordar o Outono passado...
    (...)de todos os Outonos, foste o mais belo e sublime.
    Acordasse e se escondeste em meus cabelos todos os dias.
    (...)a sustentar meus finos pêlos, como em uma pintura impressionista, em meus olhos, gotas de cristais a guardar tua luz...diamantes surreais. (...)foste o melhor Outono,e mesmo no inverno,ainda tua serei."

    Maria Jardim

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  2. ...ops!
    a corrigir : "acordaste"
    Perdoe este meu telemóvel e esta minha pressa...boa noite.

    Maria Jardim

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