Somos filhos daqueles que se apaixonaram nas margens deste rio. Que são filhos daqueles que sobreviveram às custas deste rio. Somos filhos do sangue, suor e lágrimas que as águas deste rio lavam.
quarta-feira, 28 de dezembro de 2016
Cinco minutos, amor
domingo, 25 de dezembro de 2016
Desabafo
terça-feira, 13 de dezembro de 2016
Teoria da Relatividade para totós
a morte de Einstein?
Teria, ele, o relógio estragado?
quarta-feira, 30 de novembro de 2016
Esperança, o último texto de Novembro
domingo, 20 de novembro de 2016
Texto triste, como esta noite de Inverno
quinta-feira, 17 de novembro de 2016
[Fim]
se fossem distância.
Evitar.
Dar um sentido a tudo o que foge ao nosso alcance.
Procurar.
Novos lugares onde morar.
Perceber.
Os sonhos serão sempre mais bonitos que a realidade.
Fora das nossas fronteiras há linhas que definem limites,
e por mais que queiramos: o vidro nunca será diamante.
Viver.
Sem olhar por cima do ombro com medo que o passado nos atropele.
Traduzir.
Cada momento numa lição.
Sorrir.
Porque é impossível afogarmo-nos nas lágrimas choradas.
Ser.
Feliz: é a melhor resposta; a melhor desforra.
quarta-feira, 9 de novembro de 2016
09/11/2016
segunda-feira, 7 de novembro de 2016
O tempo não cura nada
domingo, 30 de outubro de 2016
Fado (1)
Serão teus olhos líquidos
As ruas onde se perde a saudade?
Mas o amor é um fogo selvagem
O que fazer quando tudo arde?
Meu amor, que fazer? Se nada há
A fazer quando tudo arde?
PedRodrigues
quarta-feira, 26 de outubro de 2016
Sobre as árvores, e o tempo
terça-feira, 25 de outubro de 2016
Outono (2)
eu guardava as tuas memórias
Lá fora há barulhos de vento
e folhas molhadas - há
beleza no caos noturno
do outono.
Cá dentro o teu nome despenha-se
líquido no tecido; a saudade
Nada parece fazer sentido
e, no entanto, sem ti
tudo procura um novo sentido
o teu nome voltou a adormecer
nos meus lábios.
Há um silêncio vadio
pela rua: nem chuva, nem vento
nem folhas, talvez a saudade
Estamos ambos cansados
de viver na tempestade.
terça-feira, 18 de outubro de 2016
Saudade em sol maior
tão pequeno?
Será possível transbordar o mar
de tantas lágrimas choradas?
Sabes, meu amor
por vezes é inverno e lembro a primavera
pergunto-me: para onde voam as andorinhas
depois do verão?
Ninguém me responde, mas acredito
que seja um sítio bonito,
com azuis alegres e outras cores vivas.
ao teu ouvido.
sexta-feira, 14 de outubro de 2016
Adeus, meu amor maior
As lágrimas teimaram em cair porque me apercebi que daqui para a frente assim será. Ficam as fotografias. As paredes frias que ainda escondem os restos condensados da tua respiração, do teu último suspiro. Penso ter apertado pela última vez as tuas mãos calejadas; ter beijado, pela última vez, a pele fina da tua testa. Partirás enorme, como sempre foste. E assim o serás, para todo o sempre. Gostava de continuar a escrever, mas as palavras começam a confundir-se com as lágrimas e tudo se torna turvo e difícil. Fico-me por aqui, e pela imagem da fotografia que dorme ao meu lado, na mesa de cabeceira, em que estou eu, tu e a mãe, muito felizes, de sorrisos rasgados nos rostos. É assim que te recordo: a sorrir, por eu ter chegado.
sábado, 8 de outubro de 2016
Amo-te e odeio-te, C.
quinta-feira, 6 de outubro de 2016
Nota pessoal
segunda-feira, 3 de outubro de 2016
Outubro
terça-feira, 13 de setembro de 2016
Chica
Como tínhamos amigos em comum, o primeiro jantar surgiu naturalmente. Daí ao primeiro beijo não demorou muito. Ela achava piada ao que eu dizia, eu gostava bastante da forma alegre como ela encarava a vida: o sorriso dela e o brilho nos olhos não enganavam. As conversas foram ficando mais longas, as noites dormidas ficando cada vez mais curtas. Com ela conseguia falar de tudo: desde futebol, a literatura, passando pelas engenharias e outras coisas mais aborrecidas das nossas vidas em Coimbra. Acho que era essa diversidade que nos unia. Isso e o meu bom gosto em relação a sapatilhas, aliado à coincidência de ter escrito uma frase, num pedaço de papel, que ela ainda hoje usa como mantra: "Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara.". Tudo isto nos juntou e nos foi levando juntos ao longo do tempo. Acabámos os dois em Lisboa, a apalpar aos poucos a cidade. Demos longos passeios de mãos dadas, passámos noites de inverno abraçados a ver filmes e séries, tivemos dias bons, outros menos bons, o habitual. Nunca a pedi em namoro, e talvez esse tenha sido um dos meus grandes erros. Achava que o que existia entre nós não precisava de um título, como um romance. Tínhamos o mais importante: o coração no sítio e os pés assentes no chão. Achava. Mas a vida prega-nos partidas. Os sorrisos duram até serem lágrimas e, segundo ela, gostar, por vezes, não chega. Eventualmente as entrevistas chegam ao fim - mesmo as melhores. Não raras vezes, as relações resumem-se a um jogo de memória e ao amor numa garrafa. Apesar de tudo, ainda acredito que um dia possamos retomar de onde ficámos. Não sei. Até lá vou recordando a cor lindíssima daquele final de tarde, onde tudo começou. E o sorriso dela, e o brilho daqueles olhos de menina feliz com a voz rouca: "podemos começar?". Quando quiseres. Começamos quando quiseres.
domingo, 28 de agosto de 2016
Na viagem de táxi
sexta-feira, 19 de agosto de 2016
Num dia de chuva, o adeus
quarta-feira, 17 de agosto de 2016
Papel Vegetal
os teus traços
desenhados em todas
as outras. Mas elas
nunca serão tu.
PedRodrigues
segunda-feira, 15 de agosto de 2016
Mapa Cardíaco
quinta-feira, 11 de agosto de 2016
Ela [que parecia perdida, a olhar o mar, no outro dia]
sexta-feira, 29 de julho de 2016
Na mesa do café
quarta-feira, 20 de julho de 2016
Num dia de sol
domingo, 17 de julho de 2016
Flores selvagens
sexta-feira, 15 de julho de 2016
Pray for the world
quinta-feira, 14 de julho de 2016
Onde começam os mexericos
PedRodrigues
segunda-feira, 11 de julho de 2016
Campeões
quinta-feira, 7 de julho de 2016
Titanic
Enquanto te afundas
no esquecimento
lembra-te:
a vingança é
um prato que
se serve gelado.
PedRodrigues
quarta-feira, 6 de julho de 2016
A bicicleta do Martim
sábado, 2 de julho de 2016
Revolução
sexta-feira, 1 de julho de 2016
Morrer de amor
quarta-feira, 29 de junho de 2016
Saída de emergência
sexta-feira, 24 de junho de 2016
Mãos
domingo, 29 de maio de 2016
Sem título
Prenderam-me o coração
numa gaiola de
ossos, e carne, e pele
Tinham medo que ele voasse
livre
e nunca mais voltasse
Mas ele acaba sempre por voltar:
ou por mais comida, ou por mais água, ou por mais amor
Às vezes de asas partidas.
É o preço da
liberdade
PedRodrigues
quarta-feira, 18 de maio de 2016
Por vezes
Por vezes os amores
viram músicas, e as músicas
são amores que cantamos
E ao longe os amores
não são músicas, são
somente as lágrimas que choramos.
Por vezes os amores
viram noite, e a noite são amores
que embalamos
E ao longe os amores
não são noite, são somente as estrelas que contamos.
E por vezes os amores são doces,
na vida amarga que levamos
E por vezes, às vezes, só às vezes, os amores são o travo da boca que beijamos.
PedRodrigues