Somos filhos daqueles que se apaixonaram nas margens deste rio. Que são filhos daqueles que sobreviveram às custas deste rio. Somos filhos do sangue, suor e lágrimas que as águas deste rio lavam.
terça-feira, 29 de dezembro de 2015
2016


terça-feira, 22 de dezembro de 2015
Inverno
Mendigar não é opção.
Estender a mão não é opção.
Dar a outra face não é opção.
Avanço. Como as ondas de inverno em direcção à areia.
Procuro. Porque as lágrimas choradas nunca fizeram subir as cotas dos rios.
Vou. Sem rumo definido, ou hora de chegada. Porque os maiores tesouros são encontrados em velhos naufrágios.
Liberto. Porque a melhor arte nasce dos corações livres.
Resolvo. Porque prefiro ser pedra, que pó de giz atirado ao vento.
E parto as amarras que os outros teimam em inventar para me prender ao chão.
Ninguém ensinou os pássaros a voar.


segunda-feira, 30 de novembro de 2015
Final de Novembro


quinta-feira, 26 de novembro de 2015
Outono
Ao ver as copas das árvores a abanarem com as rajadas de Outono, percebeu:
há pessoas que se julgam vento; e outras que se sentem folhas.
Umas movimentam-se segundo os caprichos das outras.
Então sonhou ser raiz.
PedRodrigues


segunda-feira, 23 de novembro de 2015
Crónica dos bons amigos


sexta-feira, 13 de novembro de 2015
Equilibrium


segunda-feira, 9 de novembro de 2015
Ir
Às vezes é preciso partir.
Ir.
Procurar novas cores, novas caras, novos sorrisos, novos cheiros, novos sabores.
Meter quem amamos na bagagem.
Inventar abraços feitos de quilómetros.
Ir.
Buscar o lado distante das pessoas.
Partir em direcção à saudade de novos lugares.
Marear.
Voar.
Andar.
Ter um coração teimoso como o horizonte:
não se deixar agarrar.
Ir.
Ser o que faz falta.
Ser o motivo,
a vontade,
de alguém
(v)ir.


sábado, 31 de outubro de 2015
Meteorologia


quarta-feira, 21 de outubro de 2015
M. de Outono


segunda-feira, 19 de outubro de 2015
Há pessoas
Há pessoas de chegar,
e pessoas de partir.
Entre umas e outras,
há as pessoas que,
de facto, nos interessam:
há pessoas de ficar.
PedRodrigues


sexta-feira, 16 de outubro de 2015
Amor vs Relações


segunda-feira, 12 de outubro de 2015
O casamento


domingo, 4 de outubro de 2015
Domingo eleitoral


quinta-feira, 24 de setembro de 2015
Textos da nova cidade


domingo, 6 de setembro de 2015
No recreio da escola
naquele dia
no recreio da escola.
Na altura só queria
jogar ao berlinde, ou
futebol no campo verde
Não ligava a essas coisas
das meninas, ou do amor.
Tu só querias um beijinho
como os que vias
nas novelas das sete
E eu queria ser melhor
que o Maradona
ou o melhor jogador
de berlinde do recreio.
Mas um dia por capricho,
ou outra coisa qualquer
decidi pedir-te um beijo
Tu ignoraste-me
Ainda me lembro
das dores de barriga
por me teres rejeitado.
muito estranha,
naquele tempo.
Ainda é.


segunda-feira, 31 de agosto de 2015
Último texto de Agosto


terça-feira, 25 de agosto de 2015
[No caderno preto]
É onde eu começo
e tu acabas
que olho para nós
e me encontro
Porque não há em ti
esquinas suficientes
para dobrar a minha vontade
de te ter
Aqui. Por perto.
PedRodrigues


quinta-feira, 20 de agosto de 2015
Ânsia
Algo que me fizesse
recordar o comprimento exacto
dos teus braços em volta
de mim. Foste um momento
que continuo a recordar
no silêncio.
Há quem me ache maluco
por rir sozinho,
ou falar sozinho,
ou cantar sozinho.
Mas quando choro sozinho
todos se fecham em copas.
(Todos choramos sozinhos – ou
quando achamos que ninguém
nos está a ver)
As piores lágrimas que chorei
foram por ti
e pela saudade do teu abraço.
que ansiarmos por algo
que não voltaremos a ter.


terça-feira, 18 de agosto de 2015
[Notas perdidas pelo telemóvel]
Nem sempre amamos quem nos faz bem.
Por vezes,
trazemos a pessoa errada
no peito;
e a certa na palma
da mão.
PedRodrigues


domingo, 9 de agosto de 2015
Filosofia barata


segunda-feira, 27 de julho de 2015
Às mulheres de armas


quarta-feira, 22 de julho de 2015
Voltei a sonhar contigo
à minha sanidade mental.
Disseram-me que o tempo
diluía a imagem do teu rosto;
as memórias dos passeios
de mão dada junto ao rio.
Mas o eco das nossas conversas
ainda me persegue.
Foste embora,
Sem nunca teres ido embora
Agora a certeza fria desse
passado atormenta-me
Não me abanem
Posso estar só
a sonhar...


quarta-feira, 15 de julho de 2015
Valsa lenta


sexta-feira, 10 de julho de 2015
Balada sobre o terrorismo amoroso
(São os que mais te enganam.)
Com os que te prometem a eternidade.
(São os que menos tempo têm.)
Com os que conjugam o verbo “amar” ao desbarato.
(São os que menos sentem.)
Tem cuidado.
Porque a vontade é passageira, porque quem mendiga por amor, corre o risco de acabar magoado.
Há muito lobo em pele de cordeiro. Muito cabrão em pele de namorado.
Tem cuidado.
E os que jogam ao amor, brincam às relações, ou partem quando deviam ter ficado...
Obrigam-nos a pensar que devemos viver com o coração trancado.
É por isso que te digo, meu amor:
Por favor, tem cuidado.


quinta-feira, 9 de julho de 2015
Adeus às árvores


sábado, 4 de julho de 2015
Ao Porto


sábado, 27 de junho de 2015
[Sem título]
não obrigo ninguém a ficar;
não gosto que se demore,
quem deseja sair.
PedRodrigues


quinta-feira, 25 de junho de 2015
Lição de combate número dois


sexta-feira, 19 de junho de 2015
Ironia
Nem sempre amamos quem nos faz bem.
Por vezes,
trazemos a pessoa errada
no peito;
e a certa na palma
da mão.
PedRodrigues


sexta-feira, 5 de junho de 2015
Arquitectura
algumas obras arquitectónicas.
Já que nada é para sempre,
que dure, pelo menos, cinquenta
ou cem anos.


domingo, 24 de maio de 2015
Às mulheres que se sentem sós


quarta-feira, 20 de maio de 2015
Croniquinha de um dia de sol


domingo, 17 de maio de 2015
Coração
Não tem sentido de orientação.


segunda-feira, 11 de maio de 2015
Às rosas
Anos depois de uma vida partilhada; anos depois do primeiro beijo
no recreio do liceu; anos depois do primeiro amor – aquele que julgou ser para sempre
e a quem, pela primeira vez se entregou; anos depois
das primeiras lágrimas, e das segundas, e das terceiras.
Aprendeu. Tudo o que é belo é mais vulnerável.
Talvez por isso, às rosas tenham crescido os espinhos.
Para que se possam proteger das constantes ameaças.
Há quem lhe chame evolução. Eu chamo-lhe
A lei da vida.


quarta-feira, 6 de maio de 2015
Insatisfação


domingo, 3 de maio de 2015
Poeminha


terça-feira, 21 de abril de 2015
Depois da tempestade, remar duas vezes


quinta-feira, 16 de abril de 2015
Ela


quinta-feira, 2 de abril de 2015
A Coimbra, no momento da partida


quarta-feira, 1 de abril de 2015
Os Invisíveis


sexta-feira, 27 de março de 2015
Lição de combate número um


sábado, 21 de março de 2015
Lembrei-me do amor, a esta hora da madrugada


quinta-feira, 12 de março de 2015
Filmes de terror


terça-feira, 10 de março de 2015
Aeroporto


quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015
Breve reflexão sobre a puta da vida


terça-feira, 10 de fevereiro de 2015
Tentar esquecer
(Um sorriso, depois do ponto final.)
PedRodrigues


segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015
Perspectiva


Coragem


domingo, 25 de janeiro de 2015
Avançar


segunda-feira, 12 de janeiro de 2015
Breve reflexão sobre a sociedade


quinta-feira, 8 de janeiro de 2015
Astronautas
Dizem que as palavras escritas na superfície da lua permanecem intactas: não há vento, nem tempo, que as apague.
Talvez fosse esse o seu verdadeiro objectivo: amar alguém que gravasse o seu nome em algum lugar só seu – onde mais ninguém fosse. Longe.
Alguém que gravasse o seu nome, e nem o tempo, ou o vento, o conseguissem apagar.

