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segunda-feira, 27 de julho de 2015

Às mulheres de armas

[Excertos perdidos pelo computador: início de 2015]
 
 
Aqui não há princesas, pensou. Há mulheres de carne e osso, falíveis como qualquer outra criatura. Não há contos de fadas – isso são coisas da inocência. Sorriu. Nem tudo na vida nos faz chorar.  Os dias começam quando metemos os pés no chão. Vestiu-se e saiu à rua. Sem se preocupar com essas trivialidades sociais: estar bem vestida, ou bem maquilhada, ou outra coisa qualquer. Aqui não há princesas. Há mulheres de armas: marias dos canos serrados. Mulheres que levam a vida à lei da bala. Talvez isto seja mais um filme de acção, que um romance de domingo à tarde. Daí se ter vestido de ela mesma. Enquanto se olhava ao espelho, pensava: és tu que importas. Decidiu meter-se em primeiro lugar. Apagou o número dele do telemóvel, olhou as horas e percebeu: está na hora de ser feliz.

 

PedRodrigues

1 comentário:

  1. Adoro os seus textos :) se não disse incómodo Gostaria de pedir uma opinião sobre os meus textos :) http://belics7.blogspot.pt/
    Obrigada :)

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