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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Amo-te

Amo-te, devagar, sem pressa. Amo-te. Escrevi para que saibas. Para que não haja dúvidas. Para que, quando o silêncio se intrometer entre nós, não te esqueças. Amo-te. Realmente. Mesmo quando te faço chorar. Mesmo quando te irrito – sou estranho, eu sei. Sou irritante, eu sei. Mas amo-te. Repito aqui, para o mundo. Repito mil vezes, se for preciso. Quero que todos saibam. Apetece-me soletrar-te ao ouvido. Primeiro um “A”, de mansinho, a desassossegar o lóbulo da tua orelha. Depois um “M” a deixar-te arrepiada. Depois um “O” com toda a pompa e circunstância. Depois um “T” e um “E” cheios de certezas. Porque é a ti que amo. É contigo que partilho os dias bons – e os menos bons. Somos sombras a namorarem a mesma luz. Somos histórias. Somos parceiros de lutas, irmãos de armas e toda uma panóplia de terroristas do amor. Caímos mil e uma vezes, mas levantamo-nos sempre. Gostamos do desafio. Somos um desafio. Não jogamos com as probabilidades. Não nos deixamos impressionar. Atiramo-nos às balas. Somos à prova de bala. Somos um amor à prova de bala. Amo-te era só isto que te queria dizer. Amo-te hoje. Amo-te amanhã. Amo-te como se deve amar. Deixemo-nos de rodeios. Sejamos realistas: amo-te. Era isto que te queria dizer. Desculpa por me ter deixado levar pelas palavras. Só queria dizer que te amo. É só isso que tens de reter: amo-te. Como haveria de não te amar?


PedRodrigues

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