É a velha máxima do
-Eu gosto de ti...
Dito assim, na brincadeira. Vai
na volta às vezes até lhe sai com sinceridade. Às vezes a coisa vem mesmo de
dentro - sabe-se lá de onde. Tanta gente a falar naquela coisa do amor. As
raparigas que desenham corações e o tentam prender dentro desses corações. Tanta
coisa que ele não entende. Elas para ele
-Fazes-me sentir especial
Enquanto ele vai piscando o olho a
outra, ou trocando mensagens às escondidas. Porque as coisas são mesmo assim e
uma pessoa não se pode ficar pela monogamia. Dizem que vai contra o metabolismo
dos homens. Dizem que somos uns porcos e uns estúpidos e que não temos coração
-Coração?
E eis a pergunta que vai ficando
na cabeça de muitos: coração? A ideia com que se vão enganando
-Eu amo-a. Posso ter três ou
quatro amantes, mas no final das contas eu amo-a.
Vão brincando ao amor porque não
o entendem – ou não querem entender. Vão colecionando mulheres porque é assim
que deve ser. Porque são fascinantes e desafiantes e são a melhor coisa do
mundo. E à medida que as colecionam fazem-nas sentirem-se especiais. Vão-nas
mimando e guardando, até se fartarem delas. Quando o fascínio desvanece e o
desafio acaba, elas passam de melhores do mundo a um simples empecilho
-Eu gosto de ti, mas amo outra
e não posso fazer nada quanto a isso. Tu entendes, não entendes?
Elas não entendem. Como poderiam
entender?
-Como pude ser tão parva?
(Lágrimas, lamentos, súplicas)
-A culpa não é tua, é minha...
Assim dito como quem sente
realmente a coisa. Como quem sabe o que é sofrer. Isto sempre num tom
melancólico
-A culpa não é tua
A culpa é do metabolismo. A culpa é das hormonas que andam aos saltos - e das mulheres que as
fazem disparar. Mas no fundo, no fundo, a culpa é mesmo daquela característica que os distingue do restante reino animal: são uns
românticos incuráveis: apesar de partilharem a cama com várias, amam apenas uma.
E entre flores e beijos lá vão cantarolando a cantiga do bandido. Lá vão
espalhando o amor pelas freguesias
-O amor?
Ou outra coisa qualquer que ainda
não lhe sei o nome. Lá se vão desdobrando em mil e esperando que a coisa não dê
para o torto. Mal sabem esses artistas que a mentira tem perna curta. E que a
parvoíce feminina não começa onde a nossa termina.
PedRodrigues
E estes homens são todos iguais mesmo? Ou vale a pena acreditar que há por aí alguns que ainda fazem valer a pena a pena também? Mantenho as minhas dúvidas, ainda não me rendi ao cepticismo..
ResponderEliminarGostei, é verdadeiro.
Um beijinho
É realmente tolice acreditar em monogamia! Nem que for por um instante, por pensamento ou qualquer outra forma,outra pessoa já nos veio.
ResponderEliminarÉ dessa forma que o amor funciona, com ele saberemos que esta pessoa que estamos no momento , é a que vale a pena ficar....
Amei o texto!!!! Parabéns.
nos tempos que correm existem tantos bandidos como bandidas, basta ver as fotos de perfil e os respectivos likes
ResponderEliminarAinda bem que o mundo não está cheio de bandidos....que parvoíce enfim.....
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