É
daquelas coisas que acontecem. Daquelas coisas que não têm explicação. Às vezes
olhamos o mundo pela janela e tudo nos parece demasiado pequeno, demasiado fora
do contexto mas, quem sabe, o universo tem um plano para nós. Há pessoas que
nos surpreendem. Pessoas que aparecem sem aviso e que são uma lufada de ar fresco. Ela é
uma dessas pessoas. É a brisa que teima em refrescar os dias mais mórbidos. É o
sorriso pela manhã ao acordar. E o sorriso à noite ao adormecer. Apareceu.
Ficou. Entranhou-se. É linda. Não tenho dúvidas que é.
(-Ouviste? Não tenho dúvidas que és linda).
É
feita de virtudes e defeitos. É humana, como todos devemos ser. É a peça que
faltava – ou tardava em faltar. Está. E não é fácil estar. Acreditem que não é
fácil. Nem sempre estamos onde somos precisos - às vezes somos tão precisos. Se
pensar, posso dizer que é estranho. Mas a vida ensinou-me que o estranho é algo
de bom. O estranho é melhor que o usual. Sempre abominei o usual. Gostar de
alguém é um ato de ousadia. Gostar realmente de alguém requer muita coragem. É
uma missão de sacrifício. Chamem-me mártir. Chamem-me masoquista. Chamem-me o
que quiserem. Já não me interessa. Já não me diz rigorosamente nada. Não tenho
dúvidas que às vezes tropeçamos no amor sem darmos conta. É, talvez, uma das
coisas mais engraçadas da vida, esta imprevisibilidade dos factos. Li há pouco
que um homem só é maior que o chapéu na sua cabeça quando está de braços no ar,
e isso normalmente significa que está feliz – algo deste género. Chamem-me
louco por andar de braços levantados. Chamem-me palerma, pateta, estúpido…
Chamem-me o que quiserem, mas deixem-me ser feliz. Eu e ela podemos não estar
juntos. Podemos até ser demasiado pequenos para sermos vistos do céu. Mas
acreditem quando vos digo que, quando estivermos juntos, haverá
fogo-de-artifício. Acreditem quando vos digo que eu e ela - juntos - podemos ser
maiores que o próprio céu. É isto que separa os loucos, os estranhos, os que
não sabem o que dizem ou pensam, de todos os outros. Nós somos mais felizes.
Nós acreditamos num mundo feito de amor.
És linda
És vida
És assim
És um mundo
És tudo
E eu gosto muito de ti
(Já acreditas em mim?)
PedRodrigues
Já vi que te apaixonaste. Quer dizer que parece ainda haver esperança para o Amor... Venho pedir-te um favor. Não te conheço, apenas a tua escrita e não tens obrigação de o fazer, mas já que gostas tanto de escrever e há tanta gente que gosta de te ler, vinha-te apenas pedir que escrevesses mais uma vez. É um favor porque o que te vou pedir que escrevas poderia servir para acalmar o meu coração... Pelo que percebi, apaixonaste-te perdidamente e numa determinada altura tudo descambou. Agora, voltaste a apaixonar-te. Pedia-te então que escrevesses sobre como conseguiste "sobreviver" pelo caminho. O que não te deixou perder a esperança, se demorou muito a chegar, o que te fez continuar a acreditar que um dia poderias voltar a ser feliz, o que te deu força... É talvez um ato de desespero, mas gostaria muito de ler algo teu a falar sobre isso.
ResponderEliminarNão precisas aceitar este comentário, espero apenas que o tenhas lido e se possível, que retornes o meu pedido.