Não
te escrevo uma carta de amor porque as cartas de amor estão sobrevalorizadas.
Escrevo-te um texto. Deixo-te o meu coração nesse texto. Deixo-te aquilo que
tenho e não invento o que não tenho. Escrever, para mim, é um acto sagrado. É
uma espécie de confissão – e as confissões devem ser sinceras. Deixo-me em cada
palavra e espero que me encontres nessas mesmas palavras. Procura-me.
É
estranho como os meus pensamentos teimam em girar na tua órbita. Não é
estranho. Na verdade não é, nem um pouco, estranho. Gosto verdadeiramente de ti,
e é por isso que te procuro quando não estás. Encontro-te e guardo-te, porque a
minha memória fotográfica me permite que assim seja. Ficas comigo, mas
imaginar-te não chega. Talvez por isso te escreva este texto – este pequeno
texto. Porque necessito de te recordar que imaginar-te não me chega. Porque
necessito de te recordar que espero ansiosamente o toque de veludo dos teus
lábios, o calor do teu corpo, a textura da tua pele. Espero por ti. Se puderes,
não demores. Se demorares, lembra-te de mim.
Até
já.
Mesmo
que demores,
Até
já.
PedRodrigues
Lindo, como sempre.
ResponderEliminarQuero um texto novo :(
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